Até para o ano...

Querida(o)s aluna(o)s,

Hoje é o último dia do ano no YOGASHALA BAIRRO ALTO. Como previsto, amanhã (dia 30) o centro estará fechado. Aproveitem a aula das 20h para combater os "efeitos" de Natal e...até para o ano.

O centro reabrirá já na próxima 2ª feira (dia 3 de Janeiro de 2011!). Esperamos que todos os praticantes tenham uma óptima passagem de ano e desejamos um novo ano com muita Paz!

Até breve,

Joana Menano e Rodrigo Pereira

Música para relaxar...

Geralmente, o momento mais esperado da prática - o Savásana - é acompanhado de uma música calma, tranquila, que ajude a relaxar.

Muitos praticantes pedem-me para lhes dar nomes de autores ou músicas que ouvem durante o relaxamento. Por essa razão, e porque nem sempre é fácil encontrar à venda nas lojas algumas delas, aqui fica uma sugestão de autores. Poderá comprar músicas/álbuns destes autores na internet (itunes e Amazon, por exemplo), ou, nalguns casos, na FNAC.

Autores aconselhados: Nadaka, Terry Oldfield, Deuter, Harold Budd, Ray Linch, Lama Gyurme, Lama Tashi, Manose, Sounds for Life, Brian Eno, Buedi Siebert, Krishna Das, Prem Joshua, Rakesh Chaurasia, Ravi Shankar, René Aubry, Rodrigo Leão, Tulku Lobsang e Sacred Hindu Chants.

Boas buscas e boas práticas!

Rodrigo Pereira

"Self - Knowledge"

" You began with nothing, except yourself...
You will end up with nothing, except yourself...
Just be yourself, live your life, and be happy!"
- Swami Suddhanada

Namasté!
Seguem algumas reflexões que tenho feito nesta minha estadia no Suddhananda Ashram em Tiruvannamalai, Tamil Nadu, Índia...(durante o curso de “Self-Knowledge” com Swami Suddhananda).

Da varanda do meu quarto escuto, observo, cheiro... mas nao os habituais estímulos sensoriais da Índia... aqui tudo é pacato, calmo... a tranquilidade reina neste ashram, à parte de uma ou outra buzinadela da rua lá ao longe, ou um ou outro cântico das pujas (rituais hindus) que nos chega com o vento.

Hoje chove... escuto o som das gotas de água a cair... escuto o som do vento nas folhas das árvores...E chove um pouco mais... e mais ainda...O cheiro a terra molhada, o brilho das folhas das árvores, tão frescas e limpas! É justamente isso que procuro: uma mente tão fresca e limpa como as folhas das árvores que dançam à minha frente.

Passamos toda uma vida experimentando muitas coisas, adquirindo diversos conhecimentos sobre (quase) tudo, acumulando vivências, sensações, sentimentos, pensamentos... Tudo isso é positivo, tudo é válido, tudo faz parte das nossas memórias, do nosso passado - que é o grande orientador do nosso presente, e evita que voltemos a repetir os erros antigos. Nunca apagar as memórias! Elas são precisosos professores!

Num determinado momento olhamos para trás e vemos tudo o que adquirimos na vida como vários mantos bonitos e coloridos que nos foram cobrindo. Mais um manto... mais outro... e ainda outro... qual corpo sendo envolvido em belas vestes, adornado com preciosos objectos, camada sobre camada. E por dentro, estará vivo? Estará morto? Como sabê-lo se é abafado com tanta coisa?

Há momentos na vida em que precisamos despir todos esses bonitos e coloridos mantos para voltar a encontrar o nosso interior, a nossa essência, senti-la novamente pura, livre e autêntica. É a busca do auto-conhecimento! Sem este conhecimento de nós próprios, sem um profundo trabalho de auto-reflexão nada na vida faz sentido e tornamo-nos marionetas ricamente adornadas, comandados pelas imposições sociais e escravos dos nossos próprios (confusos) pensamentos, sentimentos e desejos, constantemente envolvidos num turbilhão mental, emocional e sensorial.

Este é um trabalho magnífico de desprendimento de todo o conhecimento secular que fomos adquirindo ao longo da vida, e de descondicionamento dos complexos jogos mentais com os quais estamos habituados a funcionar. Cria-se um novo espaço mental para poder PENSAR, em vez de tão somente agir e reagir... é desenvolvida uma nova CONSCIÊNCIA.

Os verdadeiros sábios indianos têm-se revelado, ao longo dos tempos, mestres supremos no conhecimento de si, do outro, do universo. As antigas escrituras contêm todo o conhecimento sobre o ser humano, a essência humana, conhecimento esse que é transmitido de geração em geração, segundo um método tradicional de ensino, de uma forma tao racional, lógica, clara e concisa! Sem especulação, sem divagação, sem filosofias transcendentais e sem as complicações da psicologia moderna ocidental...é simplesmente conhecer-se a si próprio e perceber o seu funcionamento interno.

Enquanto não fizermos esta viagem interna, tudo na vida permanece extremamente complicado...Tal como Swami Suddhananda diz “o grande mistério da existência não é Deus, o Universo ou a Criação...Somos NÓS! Tudo começa em cada um de nós...Só isto é verdadeiramente importante... e nada mais!”.

Joana Menano

P.S: Os ensinamentos de Swami Suddhananda são baseados na tradição vedântica, os quais continuam a ser relevantes para o Homem na actualidade, sobretudo para todos aqueles que se interessam pelo auto-conhecimento e espiritualidade. Esta Visão revela a verdade relativa ao Homem, Criação e Deus. Quem tiver interesse em saber mais sobre este curso, visite o site oficial da Fundação Suddhananda: http://www.selfknowledge.in/Events/Forthcoming-Programs/index.asp

"Yoga Props"

“I have found that even those in good condition occasionally find some poses difficult to sustain for the required length of time. Some asanas, too, entail de body movements that are initially too complicated for even the healthiest students to attempt without help. It is for this reason that I developed the use of props in yoga.” - B.K.S Iyengar

Nas nossas práticas de “Hatha Yoga Dinâmico”, devido, principalmente, à influência do mestre B.K.S Iyengar, é comum a utilização de materiais de apoio (“props”).

Segundo Richard Rosen (in “The Yoga of Breath – A Step-By-Step Guide to Pranayama”): “...yoga props provide an immediate support in an exercise or a posture in the form of bracing, pressure, resistance, lengthening, release, or lift. This enlightens dark or unexplored areas of the body or intensifies our awareness of familiar areas. Propos can be used in both active and passive situations.”

Para além do sticky-mat (tapete anti-derrapante), os materias mais utilizados são: cobertor (não só para cobrir o corpo no relaxamento mas também como suporte das nádegas, costas ou ombros), bolster (especialmente para posturas deitadas), bricks (blocos de espuma ou em cortiça usados principalmente para o apoio das mãos), cinto (várias utilizações), tapa-olhos (usado no relaxamento, para ajudar a descontrair os olhos e acalmar a mente) e a parede (usada como suporte das mãos, pés e pernas).

Uma vez que alguns alunos também praticam em casa com alguma regularidade, aqui fica a sugestão de encomendar alguns destes materiais. Quem ainda não tem o seu próprio sticky-mat, pense seriamente em comprar um, é mais higiénico e pode levá-lo consigo para todo o lado e, assim , praticar com mais frequência as posturas que já domina.

Caso esteja interessada(o), visite os seguintes sites: www.upaya.pt e www.yogamaterial.com

Boas práticas! Até breve,

Rodrigo Pereira

"Yuj"

Afinal, o que é o Yoga? A palavra “Yoga” deriva do verbo sânscrito “Yuj”, o qual significa, literalmente, “unir” ou “juntar”. Existem várias definições, mas é mais ou menos consensual que Yoga refere-se tanto à união do Ser como um todo (corpo, mente e alma), como união do Ser Individual com o Divino (união a um nível elevado/supremo). Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é uma religião, mas sim uma arte, filosofia e ciência.

O Yoga nasceu na Índia há cerca de 5.000 anos e divide-se em 4 sendas ou caminhos básicos: Bhakti Yoga (o Yoga do amor e da devoção), Karma Yoga (o Yoga da acção), Jnana Yoga (o Yoga do conhecimento) e Raja Yoga (o Yoga real).
Estes 4 caminhos não são contraditórios, antes pelo contrário, eles complementam--se entre si.

O Yoga mais conhecido e praticado no Ocidente é o Hatha Yoga, o qual procura o controlo da mente e a união do Ser utilizando o corpo como instrumento.

Uma coisa é certa, a integração entre o corpo físico, mental e espiritual dá-se apenas quando termina a turbulência mental e emocional, acabando com todas as dualidades. Tal como escreveu Patanjali (conhecido como o “Pai” do Yoga): “Yoga chitta-vritti-nirodhah” (Yoga Sutra 1.2), o que significa que “O Yoga consiste na cessação das flutuações da consciência”.

Rodrigo Pereira

"Gurijí"*

"Quando o discípulo está pronto, o Guru aparece." - Ditado Hindu

Damos início a este Blog prestando o nosso tributo ao nosso querido Mestre Carlos Rui Ferreira (Centro Português de Yoga) que, com muita sabedoria e paciência infinita nos deu formação nesta nobre ciência, filosofia e arte. Obrigado Mestre!

O Yogashala Bairro Alto presta também homenagem aos Mestres que mais influenciaram o "Hatha Yoga Dinâmico" (método que praticamos e ensinamos no centro): Sri B.K.S Iyengar (Iyengar Yoga) e Sri Krishna Pattabhi Jois (Ashtanga Vinyasa Yoga), ambos discípulos de Sri Tirumalai Krishnamácharya.

Que os ancestrais ensinamentos do Yoga sejam perpetuados e que o Yoga ajude a todos a tornar as suas vidas mais felizes e realizadas.

*"Guru" é uma palavra em sânscrito que significa literalmente "aquele que remove a escuridão/ignorância («gu») e encaminha o discípulo para a luz/verdade («ru»)." O sufixo «Ji» é acrescentado ao nome ou título de alguém a quem se tem respeito (neste caso, ao Mestre). Ainda hoje, na Índia, é frequentemente utilizado.

Joana Menano/Rodrigo Pereira